Source: Reuters
By Stephanie Nebehay
GENEVA, March 14 (Reuters) -Shortly after a massive bomb killed the U.N. envoy in Iraq Sergio Vieira de Mello in August 2003, his grieving widow and sons knew they wanted to perpetuate his life's work on behalf of victims of armed conflict.
In an interview, Annie Vieira de Mello spoke of the strong idealism of the dashing Brazilian who worked in hotspots from Cambodia to Kosovo and Timor-Leste during his 30-year career with the United Nations.
Her husband -- tipped by some as a possible future U.N. Secretary-General -- was among 22 people killed when a truck loaded with explosives hit the Canal Hotel, the U.N. compound in Baghdad following the U.S.-led invasion of Iraq.
She and their sons Laurent and Adrien were spending a summer day along Lake Geneva when word came of what is still the most deadly attack on the world body set up in 1945.
"As soon as the children and I received so many tributes and saw the outpouring of sympathy after the event, we thought he still had a role to play," Annie Vieira de Mello told Reuters at the U.N.'s European headquarters in Geneva, a hub for both humanitarian aid and human rights.
"It was the obvious thing to do, because when you are in mourning and pain, you want to try to hang onto those you've lost," the elegant French woman said quietly over tea.
With friends and family, she set up a Swiss-based foundation to promote dialogue for peace in the name of her husband (http://www.sergiovdmfoundation.org/).
Its patron, former U.N. Secretary-General Kofi Annan, will give the first annual Sergio Vieira de Mello memorial lecture in Geneva on Monday, two days after what would have been the 60th birthday of the slain U.N. envoy.
The foundation will award fellowships to young people whose families are caught up in war, as well as an annual prize in recognition of work to broker peace between parties to conflict.
By Stephanie Nebehay
GENEVA, March 14 (Reuters) -Shortly after a massive bomb killed the U.N. envoy in Iraq Sergio Vieira de Mello in August 2003, his grieving widow and sons knew they wanted to perpetuate his life's work on behalf of victims of armed conflict.
In an interview, Annie Vieira de Mello spoke of the strong idealism of the dashing Brazilian who worked in hotspots from Cambodia to Kosovo and Timor-Leste during his 30-year career with the United Nations.
Her husband -- tipped by some as a possible future U.N. Secretary-General -- was among 22 people killed when a truck loaded with explosives hit the Canal Hotel, the U.N. compound in Baghdad following the U.S.-led invasion of Iraq.
She and their sons Laurent and Adrien were spending a summer day along Lake Geneva when word came of what is still the most deadly attack on the world body set up in 1945.
"As soon as the children and I received so many tributes and saw the outpouring of sympathy after the event, we thought he still had a role to play," Annie Vieira de Mello told Reuters at the U.N.'s European headquarters in Geneva, a hub for both humanitarian aid and human rights.
"It was the obvious thing to do, because when you are in mourning and pain, you want to try to hang onto those you've lost," the elegant French woman said quietly over tea.
With friends and family, she set up a Swiss-based foundation to promote dialogue for peace in the name of her husband (http://www.sergiovdmfoundation.org/).
Its patron, former U.N. Secretary-General Kofi Annan, will give the first annual Sergio Vieira de Mello memorial lecture in Geneva on Monday, two days after what would have been the 60th birthday of the slain U.N. envoy.
The foundation will award fellowships to young people whose families are caught up in war, as well as an annual prize in recognition of work to broker peace between parties to conflict.
"It could be a doctor or professor who takes political risks to encourage dialogue," said Annie Vieira de Mello, who is mobilising funds from U.N. agencies, governments, and private individuals for the awards.
"We hope my husband's name can bring international recognition and support that might protect this person and encourage him or her to continue," she said.
Sergio was known for his efforts to promote understanding in difficult conditions. He held talks with Palestinian leader Yasser Arafat while serving in the U.N. Interim Forces in Lebanon in the early 1980s, and successfully sought a decade later to help resolve the fate of Vietnamese boat people.
"He was a man of action, of negotiations, who liked meeting people and trying to understand conflicts," his widow said. "He liked to bring people together to find a solution, which is why the foundation is based on the idea of dialogue between communities in conflict." (Editing by Laura MacInnis and Paul Casciato)
Link, http://www.alertnet.org/thenews/newsdesk/L1418740.htm, consultado a 17 de Março de 2008.
(Português)
Fundação Sergio Vieira de Mello homenageará mediadores de conflito
GENEBRA, Suíça - Pouco depois do atentado a bomba que matou em 2003 o então enviado da Organização das Nações Unidas ao Iraque, Sergio Vieira de Mello, a viúva e seus filhos decidiram que iriam continuar com o trabalho dele em nome das vítimas de conflitos armados.
Em uma entrevista, Annie Vieira de Mello falou sobre o grande idealismo deste brasileiro notável, que trabalhou em pontos de conflito de várias regiões do globo, do Camboja ao Timor Leste, durante sua carreira de 30 anos na ONU.
Seu marido, apontado por alguns como o possível futuro Secretário-Geral da ONU, estava entre as 22 pessoas mortas quando um caminhão carregado com explosivos atingiu o Canal Hotel, o complexo da ONU em Bagdá. O ataque ocorreu pouco depois da invasão do Iraque liderada pelos EUA.
Annie e seus filhos, Laurent e Adrien, estavam à beira do lago Genebra, em dia de verão, quando ouviram a notícia sobre o ataque, até hoje o mais violento contra o órgão internacional desde sua criação, em 1945.
"Depois que as crianças e eu recebemos tantas homenagens e vimos as demonstrações de empatia, acreditamos que ele ainda tinha um papel a desempenhar", afirmou Annie à Reuters, na sede européia dos órgãos de ajuda humanitária da ONU, em Genebra, cidade que concentra várias entidades do tipo.
"Para nós, isso era o mais óbvio a fazer porque, quando alguém está de luto e sofrendo, essa pessoa deseja apegar-se àquilo que perdeu", afirmou Annie, uma elegante francesa.
Com amigos e familiares, ela criou uma Fundação com sede na Suíça para promover o diálogo em busca da paz. A Fundação leva o nome do marido (www.sergiovdmfoundation.org).
O seu patrono, o ex-secretário-geral da ONU Kofi Annan, fará a aula inaugural memorial chamada Sergio Vieira de Mello, em Genebra, na segunda-feira, dois dias depois daquele que seria o aniversário de 60 anos do brasileiro.
A Fundação concederá bolsas para jovens cujas famílias são vítimas da guerra, bem como um prémio anual em reconhecimento ao trabalho dos que se empenham para mediar conflitos.
"Esse seria, por exemplo, um médico ou um professor que se expõe a perigos a fim de encorajar o diálogo", afirmou Annie, que está requisitando dinheiro de agências da ONU, de governos de vários países e de pessoas físicas para pagar pelos prémios.
"Esperamos que o nome do meu marido possa dar reconhecimento e apoio a essa pessoa, incentivando-a a prosseguir em sua luta", afirmou.
O brasileiro ficou conhecido por seus esforços para promover a compreensão em situações complicadas. Entre outras atividades, manteve negociações com o líder palestino Yasser Arafat quando trabalhou para as Forças Interinas da ONU no Líbano, no começo dos anos 1980.
"Ele era um homem de acção, de negociações, que gostava de conhecer pessoas e tentar entender os conflitos", disse Annie.
"Ele gostava de juntar as pessoas para encontrar uma solução, por isso a fundação é baseada na ideia de diálogo entre comunidades em conflito."
GENEBRA, Suíça - Pouco depois do atentado a bomba que matou em 2003 o então enviado da Organização das Nações Unidas ao Iraque, Sergio Vieira de Mello, a viúva e seus filhos decidiram que iriam continuar com o trabalho dele em nome das vítimas de conflitos armados.
Em uma entrevista, Annie Vieira de Mello falou sobre o grande idealismo deste brasileiro notável, que trabalhou em pontos de conflito de várias regiões do globo, do Camboja ao Timor Leste, durante sua carreira de 30 anos na ONU.
Seu marido, apontado por alguns como o possível futuro Secretário-Geral da ONU, estava entre as 22 pessoas mortas quando um caminhão carregado com explosivos atingiu o Canal Hotel, o complexo da ONU em Bagdá. O ataque ocorreu pouco depois da invasão do Iraque liderada pelos EUA.
Annie e seus filhos, Laurent e Adrien, estavam à beira do lago Genebra, em dia de verão, quando ouviram a notícia sobre o ataque, até hoje o mais violento contra o órgão internacional desde sua criação, em 1945.
"Depois que as crianças e eu recebemos tantas homenagens e vimos as demonstrações de empatia, acreditamos que ele ainda tinha um papel a desempenhar", afirmou Annie à Reuters, na sede européia dos órgãos de ajuda humanitária da ONU, em Genebra, cidade que concentra várias entidades do tipo.
"Para nós, isso era o mais óbvio a fazer porque, quando alguém está de luto e sofrendo, essa pessoa deseja apegar-se àquilo que perdeu", afirmou Annie, uma elegante francesa.
Com amigos e familiares, ela criou uma Fundação com sede na Suíça para promover o diálogo em busca da paz. A Fundação leva o nome do marido (www.sergiovdmfoundation.org).
O seu patrono, o ex-secretário-geral da ONU Kofi Annan, fará a aula inaugural memorial chamada Sergio Vieira de Mello, em Genebra, na segunda-feira, dois dias depois daquele que seria o aniversário de 60 anos do brasileiro.
A Fundação concederá bolsas para jovens cujas famílias são vítimas da guerra, bem como um prémio anual em reconhecimento ao trabalho dos que se empenham para mediar conflitos.
"Esse seria, por exemplo, um médico ou um professor que se expõe a perigos a fim de encorajar o diálogo", afirmou Annie, que está requisitando dinheiro de agências da ONU, de governos de vários países e de pessoas físicas para pagar pelos prémios.
"Esperamos que o nome do meu marido possa dar reconhecimento e apoio a essa pessoa, incentivando-a a prosseguir em sua luta", afirmou.
O brasileiro ficou conhecido por seus esforços para promover a compreensão em situações complicadas. Entre outras atividades, manteve negociações com o líder palestino Yasser Arafat quando trabalhou para as Forças Interinas da ONU no Líbano, no começo dos anos 1980.
"Ele era um homem de acção, de negociações, que gostava de conhecer pessoas e tentar entender os conflitos", disse Annie.
"Ele gostava de juntar as pessoas para encontrar uma solução, por isso a fundação é baseada na ideia de diálogo entre comunidades em conflito."